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quinta-feira, 29 de março de 2012

O verdadeiro sentido de ser humilde


Nesses tempos globalizados em que vivemos, a palavra humilde teve seu significado distorcido e, hoje, equivale a pobreza de espírito, ignorância e fraqueza. Sentidos que, na realidade, ela não possui, pois “humilde” vem do latim húmile e etimologicamente quer dizer baixo, rente com a terra.

De acordo com os hebreus, humildade é modéstia e reconhecimento – oriunda do termo hebraico hoda’a, que quer dizer “muito obrigado” a Deus. A humildade, ao contrário do que muitos pensam, não significa depreciar a si mesmo nem ver com ignorância o que somos, mas justamente o inverso, é o conhecimento exato do que não somos, é a aceitação plena dos próprios defeitos e qualidades sem a necessidade de invocar a vaidade.
A verdadeira humildade é vista apenas nos processos mais avançados de autoconhecimento, é aquela em que o homem tem plena consciência de quem ele é – de suas habilidades, qualidades e defeitos –, compreende, assim, a natureza de sua inferioridade e reconhece seus limites. No entanto, isso não o aflige, pois ele se esforça para atingir a excelência na busca incessante de seu aperfeiçoamento físico, mental e espiritual.

Praticando no dia a dia
A humildade é a coragem de assumir que “posso estar errado” e exige a responsabilidade de aprender com as experiências e conhecimentos disponíveis ao seu redor. De acordo com a filosofia judaica, se a tolerância é o motor da vida, a humildade é o seu combustível.

Juan Luis Lorda, professor de antropologia na Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, na Espanha, diz que quem ama a verdade procura formar a consciência: conhecer os princípios morais, pedir conselhos às pessoas certas e com experiência e não considerar humilhante ser corrigido. De fato, os outros nos observam com mais objetividade que nós mesmos. Além disso, é necessário tirar a experiência dos próprios atos, examinar-nos com frequência (diariamente) e corrigir nossos erros. É preciso ser humilde para reconhecer as falhas e retificá-las – e isso nos dará uma grande sabedoria e capacidade de ajudar os outros.

Sendo assim, o autoconhecimento é a base da humildade. E um exemplo inverso disso é a declaração de um jogador de futebol, o português Cristiano Ronaldo, no fim de 2008: “Eu sou o primeiro, o segundo e o terceiro melhor jogador de futebol do mundo”. 

Quantos supostos Cristianos Ronaldos nós conhecemos na empresa e no mundo? Aquelas pessoas que acham que resolvem tudo sozinhas. Experimente colocá-lo num jogo em que somente ele integre o time. Humildade é trabalho em equipe, é reconhecer que o outro também é uma peça fundamental de seu sucesso, é aceitar que você não é perfeito tanto quanto o outro e, por isso, não deve julgar indiscriminadamente quem está ao seu redor.

Existem pessoas que nunca estão satisfeitas com nada, são eternas caçadoras de falhas e erros. Certa vez, li em uma revista a seguinte declaração: “Caso você encontre quaisquer erros nesta revista, por favor, lembre-se de que eles foram colocados ali de propósito. Tentamos oferecer algo para todos. Alguns indivíduos estão sempre procurando erros, e não desejamos desapontá-los”.

6 dicas para praticar a humildade
  1. 1.       Admitir que você não é o dono da verdade nem sabe tudo.
  2. 2.       Ouvir os outros com atenção, pois qualquer pessoa pode lhe ensinar alguma coisa.
  3. 3.       Não confundir humildade com humilhação.
  4. 4.       Ter coragem, porque humildade não é para covardes e fracos. Somente os fortes conseguem alcançá-la.
  5. 5.       Enxergar os pontos fortes, e não somente os fracos das pessoas ao seu redor.
  6. 6.       Possuir sensibilidade a fim de perceber e disponibilidade para servir.

Para saber mais
Livro: Eu sou o obstáculo
Autor: Roberto Recinella
Editora: Impetus


F:motivaonline.com.br

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