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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Há mais vagas do que profissionais qualificados em São Leopoldo


Cidade tem mais de 500 oportunidades, sendo 200 para o Tecnosinos, que estão em aberto



Denise Morato e Carine Sobé

São Leopoldo  - A falta de comprometimento dos jovens e a pouca qualificação dos adultos são os principais complicadores para o preenchimento de vagas no Município segundo a coordenadora da FGTAS/Sine de São Leopoldo, Edialeda Maria Susin. “Falta aos jovens vestir a camiseta. Se o trabalho não estiver associado ao prazer, eles não querem a vaga, muito menos se tiver que perder os finais de semana ao trabalhar, por exemplo, no comércio. E muitos adultos acabam parando no tempo, não se atualizando.” Atualmente, são mais de 340 vagas em aberto para os setores de comércio, serviço, construção civil e metalmecânico. “Só para o setor metalmecânico, estamos com 40 vagas à espera de candidatos. Para operador de telemarketing, são outras 60”, cita Edialeda.
Além dessas oportunidades, o Parque Tecnológico São Leopoldo (Tecnosinos) está com 200 vagas para programadores, analistas de sistemas entre outros cargos. Conforme a diretora executiva do Tecnosinos, Susana Kakuta, as 74 empresas do parque terão até o final do ano crescimento de cerca de 25% e isso refletirá em mil empregos novos. “Nossa expectativa é que para 2013 sejam mais duas mil vagas. A falta de mão de obra é uma preocupação constante e não se resolve da noite para dia. Por isso estamos estimulando, com visitas ao polo, 1.500 jovens de 13 escolas técnicas da região que cursam o ensino médio para que optem em seguir uma carreira nessa área.” Para tentar reverter a falta de profissionais, o Sine, segundo Edialeda, aposta nos cursos de qualificação para 2013. “Pedimos 2.300 vagas para cursos ao Ministério do Desenvolvimento e do Trabalho. Sabemos que teremos vagas, só não temos certeza de quantas serão.”
À espera de interessados - Na espera de candidatos também está o gerente de uma loja de informática Luciano Schuck, 27 anos. “Até agora, recebi um currículo. Muitos entram, perguntam da vaga, mas não voltam com o currículo. Assim não temos nem ao menos a oportunidade de falar dos benefícios, salário, além da carga horária, porque não há interessados’’, conta Schuck, reforçando a oportunidade com uma placa de há vagas na porta da loja.
Especialista fala
A professora nos cursos de Administração e Gestão de Recursos Humanos da Unisinos Ana Cláudia Bilhão dá algumas dicas para quem vai tentar uma vaga temporária. “Trabalhe como se fosse uma vaga efetiva. Procure aprender o máximo possível, dê sugestões, cumpra os horários, não falte, evite falhas e tenha comportamentos compatíveis com a profissão e com a empresa.
Interesse e vontade
Demonstre interesse e vontade de ser contratado como efetivo, mas faça isso com palavras e ações. As empresas avaliam se o que você diz e o que você faz estão em sintonia. Ao final da temporada de vagas temporárias, sempre ocorrem algumas efetivações. Os que ficam são aqueles que aproveitaram a oportunidade para mostrar a sua qualidade profissional.
Boa impressão
Quem deixou uma boa impressão ao trabalhar como temporário será lembrado para vagas efetivas. Se não render uma vaga naquela empresa, pode gerar boas referências para outras.
“Jamais esqueça, você trabalha para si próprio, você trabalha para a sua carreira, então, seja o melhor profissional que você pode ser”, afirma Ana Cláudia.
Informática e inglês exigidos
Para garantir uma vaga no mercado da Tecnologia da Informação (TI), segundo a diretora executiva do Tecnosinos, Susana Kakuta, é fundamental ter o curso técnico em informática e inglês. A presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acis) do Município, Rosângela Maria Herzer dos Santos, diz que os associados que mais sofrem com a falta de profissionais qualificados são a indústria, a inovação e a tecnologia. “O Rio Grande do Sul tem investido pouco na educação e isso reflete no trabalho e na falta de pessoas preparadas para o mercado.”
Qualificação leva tempo
Conforme o secretário executivo do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico (Sindimetal), Paulo Roberto Ziegler, a carência de profissionais é grande e a qualificação leva tempo. “Um soldador que faz uma solda simples se forma em 60 dias, mas um profissional qualificado leva no mínimo dois anos para estar pronto.” Ziegler conta que muitas empresas apostam em cursos para seus funcionários como forma de reverter a situação. “É no chão da fábrica que se prepara o profissional.”
Comerciantes enfrentam problemas
Comerciantes estão sentindo na pele a falta de mão de obra qualificada, porque as vagas abertas no mês passado ainda não foram preenchidas. “Já estamos enfrentando essa situação há dois anos, porém este ano está ainda pior. Até agora, consegui contratar apenas duas pessoas, sem experiência, para o setor de vendas na minha loja de calçados’’, observa Márcia Oliveira, 52 anos. A gerente de loja Elisete de Oliveira, 50, chega a agendar seleção, porém a maioria dos candidatos confirma presença e nem ao menos aparece para a entrevista. “Na última tentativa, esperava cinco pessoas, mas somente duas compareceram’’, exemplifica.



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